
CIRURGIA DE TUMORES
DE BOCA, FARINGE E LARINGE
Fique atento! Feridas na boca e na garganta que duram mais de 15 dias, rouquidão ou alterações no timbre da voz, dificuldade para engolir, nódulos no pescoço, sensação de “caroço” na garganta e dor no ouvido podem ser sinais de alerta e devem ser avaliados por um médico especialista.
CÂNCER DE BOCA
Como se manifesta o câncer de boca?
A glândula tireoide é um órgão do sistema endócrino do corpo humano. Ela se localiza na porção central e inferior do pescoço, logo abaixo do “Pomo de Adão”, que é uma cartilaAtravés de uma ferida na boca, esbranquiçada ou avermelhada, não-cicatrizável, dolorosa e persistente. O paciente também pode referir dificuldade para engolir, falar, ou aumento de linfonodos cervicais.
Como é feito o diagnóstico do câncer de boca?
Através da suspeita clínica, baseada no aspecto da lesão, sintomas e fatores de risco. Porém, o diagnóstico definitivo só pode ser confirmado através de uma biópsia e análise anátomo-patológica.
Quais são as opções de tratamento para o câncer de boca?
Trata-se, basicamente de uma doença de tratamento cirúrgico, uma vez que a cirurgia oferece as melhores chances de cura. Existem também tratamentos baseados em quimioterapia e radioterapia, podendo ser combinados uns com os outros.
É possível curar o câncer de boca?
Sim, e a chance de cura é maior quanto mais precoce for o tumor. Por isso é tão importante que as pessoas, em especial as fumantes, sejam orientadas a realizar auto-exame e, na presença de lesões suspeitas, procurar atendimento médico especializado.
Câncer de laringe
O câncer de laringe ocorre predominantemente em homens acima de 40 anos e é um dos mais comuns entre os que atingem a região da cabeça e pescoço. Representa cerca de 25% dos tumores malignos que acometem essa área e 2% de todas as doenças malignas. A ocorrência pode se dar em uma das três áreas em que se divide o órgão: supraglote, glote e subglote. Aproximadamente 2/3 dos tumores surgem na corda vocal verdadeira, localizada na glote, e 1/3 acomete a laringe supraglótica (acima das cordas vocais). O tipo histológico mais prevalente, em mais de 90% dos pacientes, é o carcinoma de células escamosas.
Quais os fatores de risco?
- O fumo e o álcool são os principais fatores de risco, sendo que o fumo aumenta em 10 vezes a chance de desenvolver o câncer de laringe.
- Estresse e mau uso da voz também são prejudiciais.
- Excesso de gordura corporal aumenta o risco de câncer de laringe.
- Exposição a óleo de corte, amianto, poeira de madeira, de couro, de cimento, de cereais, têxtil, formaldeído, sílica, fuligem de carvão, solventes orgânicos e agrotóxicos está associada ao desenvolvimento de câncer de laringe. Os trabalhadores da agricultura e criação de animais, indústria têxtil, de couro, metalúrgica, borracha, construção civil, oficina mecânica, fundição, mineração de carvão, assim como cabeleireiros, carpinteiros, encanadores, instaladores de carpete, moldadores e modeladores de vidro, oleiros, açougueiros, barbeiros, mineiros, pintores e mecânicos de automóveis podem apresentar risco aumentado de desenvolvimento da doença
Sinais e sintomas
Os sintomas estão diretamente ligados à localização da lesão. Assim, a dor de garganta, principalmente durante a deglutição, sugere tumor supraglótico, e rouquidão indica tumor glótico ou subglótico.
O câncer supraglótico geralmente é acompanhado de outros sinais, como alteração na qualidade da voz, disfagia leve (dificuldade de engolir) e sensação de “caroço” na garganta. Nas lesões avançadas das cordas vocais, além da rouquidão, podem ocorrer dor na garganta, disfagia mais acentuada e dispneia (dificuldade para respirar ou falta de ar).
Diagnóstico
O diagnóstico do câncer da laringe se dá por meio da laringoscopia, exame que pode ser feito no consultório. Durante sua realização, é possível a coleta de fragmentos do tumor para exame histopatológico (do tecido). A biópsia é obrigatória antes de qualquer planejamento terapêutico, pois a laringe pode abrigar tipos diversos de lesões benignas que aparentam malignidade. A biópsia pode ser feita sob anestesia local, com uso de endoscópios (tubos com câmeras em uma das extremidades) flexíveis ou rígidos, ou sob anestesia geral pela laringoscopia direta, caso não seja indicado o procedimento sob anestesia local.
Tratamento
De acordo com a localização e a extensão do câncer, ele pode ser tratado com cirurgia e/ou radioterapia e com quimioterapia associada à radioterapia. Quanto mais precocemente for feito o diagnóstico, maior a possibilidade de o tratamento evitar deformidades físicas e problemas psicossociais, já que a terapêutica dos cânceres da laringe pode afetar respiração, fala e deglutição.
Vale ressaltar que mesmo em pacientes submetidos à laringectomia total é possível a reabilitação da voz com o uso de próteses fonatórias tráqueo-esofageanas, com bons resultados funcionais e de qualidade de vida.
Fonte INCA