
CIRURGIA
DAS GLÂNDULAS SALIVARES
As glândulas salivares são divididas em maiores e menores. As glândulas maiores são formadas por 03 (três) pares, sendo as parótidas, as submandibulares e as sublinguais. As glândulas salivares menores são aproximadamente 600 a 1.000, estando localizadas em todo trato aerodigestivo superior, desde a cavidade nasal até a laringe. Essas glândulas podem ser sítios de inúmeras doenças, tanto benignas, como malignas.
Parótidas
A parótida está localizada na lateral da face, na frente da orelha, e é a principal localização dos tumores de glândulas salivares.
Fatores de risco
Não há um fator específico definitivo que seja conhecido e responsável por causar o câncer de parótida. Existem, entretanto, alguns fatores que parecem estar relacionados com a doença. O principal e mais citado é a exposição a radiação. A história familiar, em casos isolados, também parece ter alguma importância. A maioria dos casos ocorre ao acaso.
Sinais e sintomas
Nódulo de crescimento progressivo e geralmente indolor é a forma de apresentação mais comum. Outros sintomas que podem ocorrer são: assimetria na face (paralisia do nervo facial) e “caroço” no pescoço.
Diagnóstico
Somente a realização de uma análise do tecido permite determinar se é um tumor benigno ou maligno. Essa análise poderá ser realizada por meio de uma PAAF (Punção aspirativa por agulha fina) ou biópsia com agulha grossa.
Tratamento dosTumores de Glândulas Salivares
O tratamento dos tumores de glândulas salivares é cirúrgico. Esses tumores não respondem bem a tratamento como radioterapia e quimioterapia. A cirurgia é um pouco complexa e deve ser realizada por Cirurgião de Cabeça e Pescoço, já que o nervo facial, que controla o movimento da face, passa através dessa glândula. Se o tumor for maligno e existirem linfonodos doentes, estes deverão ser ressecados em conjunto com o tumor, e nesses casos muito provavelmente a radioterapia pós-operatória será indicada.
Tratamento dos Tumores de Glândula Submandibular ou Sublingual
Se a doença está localizada nas glândulas submandibular ou sublingual, será retirada toda a glândula e, talvez, os tecidos que estão ao redor. No território anatômico dessas glândulas existem nervos que controlam o movimento da língua e a sensação de paladar. A depender da extensão dos tumores nessas glândulas, algum desses nervos pode ter que ser ressecado. Ao contrário das glândulas parótidas, onde a maioria dos tumores é benigna, na submandibular e nas sublinguais, pelo menos a metade é câncer. O tipo de corte na cirurgia desses tumores costuma ser no pescoço, pouco abaixo da mandíbula. A principal complicação na cirurgia da glândula submandibular é a disfunção de um dos cinco ramos do nervo facial, o ramo marginal, que inerva o canto da boca. Diante disso, podemos ter desvio do canto da boca como sequela dessa cirurgia, que em geral retorna ao normal com realização de fisioterapia.
Fonte SBCCP